Deus é uma fome que existe em mim
É uma angústia que insiste
Uma ausência plena de melancólica saudade
Um desejo órfão da abundância de seios maternos
É um tudo repleto de nada
Um vazio reverente que persiste
A melodia doce que embala meus sonos tristes
A prece relutante que resiste
A oração que não quero fazer – mas faço escondido pra eu mesmo não ver
A alegria que se esgueira pelas sendas da tristeza
A paz e a dor que encontro em meio a toda beleza
Deus é meu pranto, um lamento solitário
É meu choro em desalento esperando em desespero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário