18.12.14

Pondera

Me ofereceu as pílulas
Elas me levaram os poemas tristes 
As canções chorosas 
Os textos sensíveis 
A melancolia que me impelia a criar 
A nostalgia dos lugares que não sei 
“Ostra feliz não faz pérola”, 
me avisava o pássaro encantado 
“Não existe coisa mais triste que ter paz”, 
Disse o poetinha 
Que massada... 
Quanta pobreza essa sobriedade 
Ai, saudade 
Dos versos sôfregos 
Do choro fácil 
Do coração rasgado de amor 
De dor
Do peso das dores da vida 
Acho que vou parar – paroxetina. 
Como um estranho em mim mesmo 
Me vejo com saudade de mim!

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