28.12.14

Permiso

Sê alvo de minha poesia
Permita-se
Permita-me
E vou te desenhar em versos
Te cantar em prosa
Vou navegar na imagem do seu corpo
Me perder no misterioso labirinto de sua existência
Para então encontrar nas doces palavras a ti escritas
As trilhas ocultas do prazer e da alegria

Tudo por me permitires te poetizar
Não mais que isso
Não mais que a licença poética
Para exalar meus versos frouxos
Desritmados e enlouquecidos
Anárquicos e desmetrificados
Portadores de uma sabedoria que só a loucura tem
Dotados de uma alegria que encontra em teu riso a imagem gêmea
Portanto, sorri
Não pra mim, pra vida
Pra ti, de mim, no encontro e na despedida
Para que a poesia não cesse em brotar
Segue o curso da vida
E permite que, como folhas navegando no leito do rio
Minha poesia pegue carona na fluidez de tuas belezas
Permita-me
Permita-se adiante, que te sigo em poemas e prosa
Em sonhos e realidades
Em tempo e em fora de tempo

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