Deus,
Com a
dificuldade que me é peculiar quando me ponho em oração, venho falar-lhe embora
o Senhor de tudo já saiba previamente. Mesmo assim, sei que preciso; por isso
faço, por isso falo, oro!
Quero
conversar sobre espiritualidade, aliás, sobre isso que agora experimento e que,
de certo modo, faz parte dela. Por mais que saiba o quanto me é precioso e
saudável – em todos os aspectos – estar em estado de silêncio e meditação
diante de Ti, a sós contigo, poucas vezes o faço. Não sei o que temo, não sei o
que me impede, não entendo porque me distraio com tantas futilidades até que,
enfim, depois de tanto pensar em te buscar, acabo diante de Ti.
Tenho tantas
teorias sobre espiritualidade, já li tantos livros a respeito disso, ouvi
tantas mensagens sobre, que não posso alegar falta de informação. No entanto,
esse conhecimento nem sempre resulta em devoção. Pelo contrário, sinto que na
maioria das vezes troco a refeição pelo cardápio.
Não quero
que a espiritualidade seja apenas mais um tema de reflexão na roda de amigos,
ou assunto de um texto bem elaborado e com argumentos intelectuais. Preciso que
seja verdade em minha vida, preciso experimentá-la. Que seja como água pura e
cristalina, fresca, bebida na fonte, como nas bicas das minas de água que
escorrem entre as montanhas mineiras. Que seja uma experiência deliciosa de
refúgio para a qual eu me lance como quem se rende. Uma atração que me domine e
me leve a deixar a rotina urgente da vida (que nem sempre é tão urgente assim)
para me dedicar à vida interior e encontrar-Te em mim, e a mim mesmo Contigo em
meu coração!
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