30.9.09




















Aquele medo

Decidiu -- por razões que não convém comentar -- deixar de amar.
--Tenho medo de me ferir, de sofrer... -- alegava em voz apertada.
Não era medo de sofrer. Era medo de ser feliz.

Um comentário:

Marcelo Batista Dias disse...

Oi Humberto,

Rapaz gostei deste seu outro blog.
Amo poesia. Não sou poeta, mas me arrisco com as letras quando o coração o manda fazer.
Abaixo tem uns versos meus. Versos simples, da minha experiência. Se um dia quiser publicar ficarei felicíssimo.
Abração.
Marcelo

Vejo o Tempo

Vejo o tempo se fechar, se aproximar a escuridão
Resultado senão de mim, Solidão.
É quase um parto, uma dor sem explicação.
Viver assim, é andar sem direção.

Vejo o tempo correr, passar sem hesitar;
Já não há palavras, não há como evitar.
Um sentir sem se tocar, um ver sem enxergar;
Um comer sem fartar, um viver sem respirar.

Vejo o tempo parar, parar quase sem tempo;
De mim foi-se o contentamento;
Na alma o esfriamento,
Do coração derretimento.

Vejo o tempo do tempo se acabar.
Já não posso, e nem consigo mais esperar,
Que este tempo do tempo que se finda,
Traga de volta a Luz que brilhava em meu olhar.

Vejo o tempo, dessa vez com muito tempo.
Olho, e olho sem parar,
Para o tempo, que em tempo,
De fechado começa a melhorar.

Vejo o tempo pelo vento se abrir.
E ainda que outrora não pudesse ver,
O que se mostra neste tempo,
É o Tempo que nunca deixou de existir.

Marcelo Batista Dias

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