19.1.07

Ansiedade humana









A pré-ocupação possui o homem.
A ansiedade destrói as belezas do presente momento;
Destrói o próprio presente.
Anestesiado e dopado,
Sua mente não vê o tempo que se vai.
Sua alma leprosa não percebe que está se desfigurando;
Tornado-se monstruoso,
Abominável a si mesmo,
Desejoso por dias que ainda não são.
Nunca satisfeito com o agora,
Ansiando sempre o orgasmo do amanhã,
Despreza o clímax alcançado hoje.
Desejando a beleza do por vir.
Despreza a formosura dos dias que lhe batem a porta.
Um néscio,
Em busca do conhecimento-mor.
Rejeita a ciência e sabedoria que lhe persegue pelo curso natural da vida.

- Óh Homem ansioso! Buscas o futuro!Lutas pelo por vir!

Deseja todos os dias uma coroa de gratificação,
Que quando alcança se transforma em barro fétido,
E que irá desejar novamente... Sempre e sempre!
Busca a vida e não sabe que a possui
Busca a vida e se defrontará com a morte.
Vida é sinônimo de várias coisas,
E é estúpido conferir-lhe apenas um,
Mas sem dúvida vida também é sinônimo de presente;
Presente ganhado no momento presente!
Futuro é, dentre outras coisas, esperança e alegria vindoura, mas também é morte e cessação!

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