26.7.17

Medo do medo

Os que têm medo.
A esses temei!
As pessoas tíbias, covardes,
Aquelas que fazem questão de ressaltar sua fragilidade
Temei-as!
Prudente é ter medo do medo que elas têm!
Esses seres de piedade pervertida,
Essas figuras que declamam a todo o tempo odes à conciliação
Suspeite-as, sempre!
Seus melhores inimigos te enfrentarão face a face
As suas piores armas te atingiram a fronte, o peito, teu ventre
Ao passo que os frágeis, os tímidos, os medrosos
Eles se disfarçam de santidade,
Suscitam uma bondade – falsa e nojenta
As tuas costas são sua maior obsessão
São cães traiçoeiros, víboras perniciosas
Rastejantes, deliciam-se nos encontros furtivos
Travestidos em seus melindres, delicadezas e gentilezas artificias
Espreitam, espiam de soslaio, com olhar furtivo e saliva peçonhenta
Ansiando nada mais, nada menos que as costas,
Sim, as costas. As minhas, as suas, as nossas

Desprotegidas costas!

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