Não havia
nada que eu quisesse mais do que mergulhar naqueles lábios rosados, quentes,
úmidos.
Sentir o
córrego que brotava como que das fendas de um penhasco. Saciar a sede!
Enquanto ela
contorcia, destorcia, torcendo para eu jamais interrompesse o trabalho de meus
lábios possessos de desejo, e eu venerava seu tormentoso prazer. Torturando sua
carne alva e suave, que há muito me provocava.
Eu delirava
em seus sabores. Me perdia no odor de seus aromas doces e crus, às vezes acres.
Sepultava em seu corpo meus desejos envelhecidos, curtidos em meu ser como
bebida etílica, destilada pelo fervor dos meu impulsos.
Ainda me
visita, ainda hoje, sua imagem nua,
crua, temperada pela meia-luz de um quarto mixo, inadequado pra sua beleza mas
que não ofuscaria jamais sua sensual luminosidade.
Ela nua,
crua... Em minha mente amante do drama, em meus instintos perversos, os mais
sacanas.
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