A sensação de ausência expressa, ou mesmo o sentimento de não-pertencimento a qualquer lugar que seja, aliado a paradoxal alegria de estar em qualquer lugar, põe alguns a se preocuparem comigo (talvez porque não notem esta última).
Amigos, não sou triste. Posso garantir que tristeza e alegria habitam minha alma com a mesma freqüência que o ar passa por minhas narinas. Considero perfeitamente normal. Ser humano é mesmo ser paradoxal, é não se encaixar nas amarras do objetivismo fatalista que dita: “Está triste, logo está mal.”
Estar triste pode ser estar bem. Ou mesmo estar bem de uma forma diferente, talvez piedosa (não que eu mesmo me julgue piedoso). Caso prático: ficar triste por um pobre mendigo e dispensar ajuda para tirá-lo de sua condição precária pode significar saúde espiritual (coisa boa). Por outro lado, a mesma coisa pode denotar soberba espiritual, aquele sentimento de quem ajuda por se ver maior, por se ver em outro patamar com condições de abaixar as mãos e levantar o outro.
Mas é de alegria e tristeza que eu falava. Pois bem, estou alegre hoje, no presente momento de minha vida; insatisfeito, contudo... Alegre por tudo que me vem às mãos, e por tudo que persigo e conquisto. Insatisfeito, sim, pela sensação constante de desconforto pessoal diante das mazelas que me acompanham. Maltrapilho, como alguns gostam de dizer... É isso que sou.
Daí a expectativa sempre esperançosa da redenção gloriosa de minhas enfermidades e deficiências.
Reitero, vou bem. E vou indo, em frente, para o alvo, sem ter, no entanto, tantos alvos assim. Mas convicto de que se há um alvo honroso a ser almejado, esse é o de apenas ser. Por tanto, estou me tornando a fim de poder ser.
3 comentários:
Olá
Um ótimo texto, assim como o restante do blog. Parabéns pelo seu trabalho, já estou sendo seu seguidor.
Se também desejar me visitar, conhecer minhas idéias, trocar links ou seguir meu blog, visite:
Um pouco além do óbvio.
Abraço.
N'Ele, a autoridade máxima em matéria de salvação.
Obrigado, meu caro!
Pode deixar, vou visitá-lo, sim!
Abraço!
Paz seja contigo
Aprecio muito esta forma dicotômica de tratar os sentimentos e situações.
E quanto a sentir-se triste e estar bem... a soberba... aprender a ser.
o desconforto que nos percorre mesmo quando deveriamos nos sentir bem aos olhos de quem nos vê. Mas é o desconforto de quem não se sente em casa na casa desta perigrinação.
Compartilho deste sentir....
PS: comentarios do tipo.... otimo texto, visite meu blog.... é terrivel....
tem gente que me visita todo mes e reafirma que meu blog é otimo e que esta me seguindo e que é para eu ir visitá-lo....
Permaneça na Graça e nela frutifique
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